O título deste texto tem origem num comentário anónimo que li aqui e que serve para apelidar, segundo o autor do mesmo, os autarcas do PSD de Almeirim.
Ora, se prestarmos atenção às declarações dos líderes dos partidos ditos de "esquerda", de "direita" é quem defende o capital privado, a iniciativa privada e não tem preocupações sociais. Ora, dizer que os autarcas social-democratas de Almeirim são "de direita" não é nada mais errado. Mais ainda chamar-lhe "rapazitos". "Rapazitos" são aqueles que, querendo dizer mal dos outros, se escondem por detrás do anonimato, porque não têm coragem para dar a cara. Como se diz aqui no Ribatejo, "não os têm no sítio"...
Vejamos, então, algumas propostas apresentadas pelo Vereador do PSD, Pedro Pisco dos Santos, em sede de Executivo Municipal:
Ora, se prestarmos atenção às declarações dos líderes dos partidos ditos de "esquerda", de "direita" é quem defende o capital privado, a iniciativa privada e não tem preocupações sociais. Ora, dizer que os autarcas social-democratas de Almeirim são "de direita" não é nada mais errado. Mais ainda chamar-lhe "rapazitos". "Rapazitos" são aqueles que, querendo dizer mal dos outros, se escondem por detrás do anonimato, porque não têm coragem para dar a cara. Como se diz aqui no Ribatejo, "não os têm no sítio"...
Vejamos, então, algumas propostas apresentadas pelo Vereador do PSD, Pedro Pisco dos Santos, em sede de Executivo Municipal:
- Construção de uma creche municipal;
- Apoio às IPSS na aquisição de viaturas de transporte de passageiros;
- Apoio aos idosos na realização de obras nas suas habitações;
- Criação do Cartão do Idoso;
- Comparticipação em medicamentos para idosos;
- Apoio ao arrendamento social;
- Atribuição de subsídio às famílias com filhos a estudar e em que um dos membros ficou desempregado;
- Pagamento imediato, pela Câmara, de todas as facturas dos fornecedores, gerando liquidez às empresas
Por outro lado, os autarcas do PSD, ao contrário de outros que agora se vêm arvorar em defensores dos consumidores, sempre votaram contra à integração do município de Almeirim nas Águas do Ribatejo, apontando como uma das razões os aumentos tarifários que iriam ocorrer. Atente-se a este excerto da declaração de voto do Deputado Municipal João Lopes, na sessão da Assembleia Municipal de 14 de Setembro de 2007, quando foi discutida a criação da empresa Águas do Ribatejo:
«O Estudo de Viabilidade Económica e Financeira refere, como essencial, a adopção de uma estrutura de tarifário comum já em dois mil e sete, indo os valores do tarifário convergirem, em cada município, no ano de dois mil e onze.
Não obstante concordarmos com os princípios da uniformização da estrutura do tarifário e dos preços, temos alguma dificuldade em compreender porque razão os novos preços implicam aumentos que vão:
No caso da tarifa de venda de água: até aos vinte cinco por cento nos consumidores domésticos, vinte cinco por cento nos consumidores comerciais e industriais e cento e cinquenta por cento nas instituições;
Na tarifa fixa de abastecimento, os aumentos só estão previstos para os consumidores domésticos e nos escalões mais baixos, com aumentos entre os onze por cento e os cem por cento;
No que se refere à tarifa variável de saneamento, os aumentos para os consumidores domésticos vão de vinte cinco por cento a cinquenta e quatro por cento nos consumidores que gastam menos água e (primeiro e segundo escalão), de onze por cento a vinte cinco por cento naqueles que consomem mais água (terceiro e quarto escalão). As instituições sofrerão um aumento de cem por cento nesta tarifa.
O estudo refere que “os valores definidos assumem-se como os valores mínimos indispensáveis ao equilíbrio económico e financeiro do sistema”. Assim sendo, só com estes aumentos tarifários que incidem, essencialmente sobre os consumidores domésticos, é que a empresa consegue ter viabilidade económica.
Um estudo a quarenta anos comporta alguns riscos no que toca às estimativas assumidas, dado o horizonte temporal previsto. Segundo o mesmo, a população do concelho de Almeirim cresce, numa tendência linear que vai diminuindo com o passar dos anos (logarítmica). Ora, sabendo o PSD que a população natural de Almeirim tem diminuído e o total da população tem aumentado devido aos fluxos migratórios que têm sido positivos para o concelho, fazem com que tenhamos que ter algum cuidado na análise dos números, pois a alteração demográfica terá consequências nos tarifários, como é realçado no estudo: “qualquer variação dos pressupostos descritos neste estudo implicará uma reavaliação do tarifário proposto numa óptica dinâmica, devendo existir mecanismos de reajuste de tarifários previamente definidos de forma a compensar alterações de variáveis não controláveis e dissociadas da gestão da empresa, por exemplo aumento ou diminuição de consumos e/ou consumidores”.»
Por isto, não creio que os autarcas do PSD possam ser apelidados nem de "direita" e muito menos de "rapazitos". Têm preocupações de cariz social, quer o melhor para a sua população e, apesar de serem jovens, já deram provas que são muito mais adultos que certos dinossauros que por aí proliferam.
«O Estudo de Viabilidade Económica e Financeira refere, como essencial, a adopção de uma estrutura de tarifário comum já em dois mil e sete, indo os valores do tarifário convergirem, em cada município, no ano de dois mil e onze.
Não obstante concordarmos com os princípios da uniformização da estrutura do tarifário e dos preços, temos alguma dificuldade em compreender porque razão os novos preços implicam aumentos que vão:
No caso da tarifa de venda de água: até aos vinte cinco por cento nos consumidores domésticos, vinte cinco por cento nos consumidores comerciais e industriais e cento e cinquenta por cento nas instituições;
Na tarifa fixa de abastecimento, os aumentos só estão previstos para os consumidores domésticos e nos escalões mais baixos, com aumentos entre os onze por cento e os cem por cento;
No que se refere à tarifa variável de saneamento, os aumentos para os consumidores domésticos vão de vinte cinco por cento a cinquenta e quatro por cento nos consumidores que gastam menos água e (primeiro e segundo escalão), de onze por cento a vinte cinco por cento naqueles que consomem mais água (terceiro e quarto escalão). As instituições sofrerão um aumento de cem por cento nesta tarifa.
O estudo refere que “os valores definidos assumem-se como os valores mínimos indispensáveis ao equilíbrio económico e financeiro do sistema”. Assim sendo, só com estes aumentos tarifários que incidem, essencialmente sobre os consumidores domésticos, é que a empresa consegue ter viabilidade económica.
Um estudo a quarenta anos comporta alguns riscos no que toca às estimativas assumidas, dado o horizonte temporal previsto. Segundo o mesmo, a população do concelho de Almeirim cresce, numa tendência linear que vai diminuindo com o passar dos anos (logarítmica). Ora, sabendo o PSD que a população natural de Almeirim tem diminuído e o total da população tem aumentado devido aos fluxos migratórios que têm sido positivos para o concelho, fazem com que tenhamos que ter algum cuidado na análise dos números, pois a alteração demográfica terá consequências nos tarifários, como é realçado no estudo: “qualquer variação dos pressupostos descritos neste estudo implicará uma reavaliação do tarifário proposto numa óptica dinâmica, devendo existir mecanismos de reajuste de tarifários previamente definidos de forma a compensar alterações de variáveis não controláveis e dissociadas da gestão da empresa, por exemplo aumento ou diminuição de consumos e/ou consumidores”.»
Por isto, não creio que os autarcas do PSD possam ser apelidados nem de "direita" e muito menos de "rapazitos". Têm preocupações de cariz social, quer o melhor para a sua população e, apesar de serem jovens, já deram provas que são muito mais adultos que certos dinossauros que por aí proliferam.
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