Antes de ir ao assunto deste texto, devo informar que o mesmo apenas a mim diz respeito, sendo o meu ponto de vista pessoal sobre as próximas eleições no Partido Social Democrata.
Tenho tido alguma prudência em abordar o que está directamente ligado à vida interna do PSD, nomeadamente agora, em que a demissão de Luís Filipe Menezes abriu uma corrida à liderança nunca antes vista. No entanto, considero que nestas eleições não podem existir tacticismos, e que os apoios devem ser manifestados tendo em atenção aquilo que os candidatos representam em termos de projecto e não, pelo simples facto de este ou aquele terem mais probabilidades de vencer.
Das cinco candidaturas que se perfilam (Pedro Passos Coelho, Patinha Antão, Neto da Silva, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes), julgo que duas delas (Patinha Antão e Neto da Silva) não conseguirão atingir os pressupostos estatutários exigidos para serem admitidas. Restam três, por sinal protagonizadas por três militantes com provas dadas. Uns mais, outros menos; uns melhores, outros nem por isso…
Destas três candidaturas, excluo a de Pedro Santana Lopes. Já teve o seu momento (que lhe foi dado de mão beijada) e o qual não foi capaz de segurar, nem no partido, nem no governo. Foram erros atrás de erros, episódios de auto-flagelação e de vitimização. Obteve um dos piores resultados eleitorais e deixou o partido fragmentado. Mas é claro que não iria deixar passar esta oportunidade em branco. Tendo sido um dos primeiros militantes a sugerir eleições directas e nunca se tendo sujeitado a este tipo de sufrágio, ele quer testar a sua popularidade junto dos militantes. Mas eu acho que o "PSD profundo" está farto de aventuras e quer navegar num mar menos revolto.
Restam dois candidatos. Manuela Ferreira Leite é a que, à partida, terá mais apoios, porque os militantes do PSD estão habituados a que, de vez em quando, surja um salvador. Foi assim com Cavaco Silva; será assim com a ex-Ministra das Finanças. Reconheço-lhe que possui aquilo que ultimamente tem faltado no PSD: competência técnica e seriedade. No entanto, para mim, não deixa de ser uma figura que representa o passado do partido e do país. O PSD necessita de olhar para a frente e não para a sua rectaguarda. E o país anseia por um PSD com visão de futuro, que não esteja amarrado ao passado.
Pedro Passos Coelho, tendo sido um militante crítico e frontal, soube assumir as suas responsabilidades. Outros, com as mesmas características, recuaram quando lhes foi exigido que avançassem.
Apoio esta candidatura porque desejo um PSD que seja sério e frontal, mas que esteja virado para o futuro, com propostas que o distingam do PS, que apresente soluções para os reais problemas dos portugueses. E não um partido virado para dentro, para as suas figuras históricas, a recordar momentos passados de glória.
Post Scriptum: Foi ontem [29.04.2008] anunciada publicamente a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, tendo sido apresentada a Carta de Valores, que poderá ler aqui.
Tenho tido alguma prudência em abordar o que está directamente ligado à vida interna do PSD, nomeadamente agora, em que a demissão de Luís Filipe Menezes abriu uma corrida à liderança nunca antes vista. No entanto, considero que nestas eleições não podem existir tacticismos, e que os apoios devem ser manifestados tendo em atenção aquilo que os candidatos representam em termos de projecto e não, pelo simples facto de este ou aquele terem mais probabilidades de vencer.
Das cinco candidaturas que se perfilam (Pedro Passos Coelho, Patinha Antão, Neto da Silva, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes), julgo que duas delas (Patinha Antão e Neto da Silva) não conseguirão atingir os pressupostos estatutários exigidos para serem admitidas. Restam três, por sinal protagonizadas por três militantes com provas dadas. Uns mais, outros menos; uns melhores, outros nem por isso…
Destas três candidaturas, excluo a de Pedro Santana Lopes. Já teve o seu momento (que lhe foi dado de mão beijada) e o qual não foi capaz de segurar, nem no partido, nem no governo. Foram erros atrás de erros, episódios de auto-flagelação e de vitimização. Obteve um dos piores resultados eleitorais e deixou o partido fragmentado. Mas é claro que não iria deixar passar esta oportunidade em branco. Tendo sido um dos primeiros militantes a sugerir eleições directas e nunca se tendo sujeitado a este tipo de sufrágio, ele quer testar a sua popularidade junto dos militantes. Mas eu acho que o "PSD profundo" está farto de aventuras e quer navegar num mar menos revolto.
Restam dois candidatos. Manuela Ferreira Leite é a que, à partida, terá mais apoios, porque os militantes do PSD estão habituados a que, de vez em quando, surja um salvador. Foi assim com Cavaco Silva; será assim com a ex-Ministra das Finanças. Reconheço-lhe que possui aquilo que ultimamente tem faltado no PSD: competência técnica e seriedade. No entanto, para mim, não deixa de ser uma figura que representa o passado do partido e do país. O PSD necessita de olhar para a frente e não para a sua rectaguarda. E o país anseia por um PSD com visão de futuro, que não esteja amarrado ao passado.
Pedro Passos Coelho, tendo sido um militante crítico e frontal, soube assumir as suas responsabilidades. Outros, com as mesmas características, recuaram quando lhes foi exigido que avançassem.
Apoio esta candidatura porque desejo um PSD que seja sério e frontal, mas que esteja virado para o futuro, com propostas que o distingam do PS, que apresente soluções para os reais problemas dos portugueses. E não um partido virado para dentro, para as suas figuras históricas, a recordar momentos passados de glória.
Post Scriptum: Foi ontem [29.04.2008] anunciada publicamente a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, tendo sido apresentada a Carta de Valores, que poderá ler aqui.
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