segunda-feira, 20 de julho de 2009

A tempo inteiro? Não...

A partir deste ano, e dado que a freguesia de Almeirim ultrapassou, por força do recensamento eleitoral automático, a barreira dos 10.000 eleitores, o Presidente da Junta de Freguesia não irá necessitar de autorização da Assembleia de Freguesia para desempenhar o cargo em regime de tempo inteiro.

Quer isto dizer que, quem ganhar a contenda eleitoral na freguesia de Almeirim poderá, se for esse o seu entendimento, ser Presidente a tempo inteiro, auferindo vencimento e despesas de representação respectivos, de acordo com a tabela constante aqui.

Pergunto eu: será que uma freguesia com as atribuições que Almeirim detém presentemente necessita dum presidente a tempo inteiro?

Há quase oito anos que critico (e tenho votado contra) este facto, aprovado apenas pela maioria socialista na Assembleia de Freguesia de Almeirim. Aliás, mostrei-me bastante céptico e tenho-o deixado claro em todas as sessões da Assembleia de Freguesia. Para mim, assumir este cargo a tempo inteiro e em regime de exclusividade (tal como acontece agora), pressupõe que existam tarefas que, "pela sua complexidade", o exijam.

Quem pretender desempenhar cargos como este deve, em primeiro lugar, defender a causa e o interesse públicos. E, numa freguesia como a de Almeirim, com um orçamento anual médio a rondar os 280.000 euros, gastar quase 30.000 euros na remuneração do seu presidente não é, certamente, defender o interesse público.

É, pois, meu compromisso, caso seja eleito Presidente da Junta de Freguesia de Almeirim, não assumir as funções a tempo inteiro.


1 comentário:

J.S. Teixeira disse...

José Sócrates quereria dizer: "Ainda está para nascer um primeiro ministro melhor que eu a dar cabo do pais".

Não haja dúvidas que nesse ponto tem razão.