quarta-feira, 5 de maio de 2010

Valerá a pena a modernidade?

Gostava de perguntar aos economistas/políticos/comentadores que defendem, intransigentemente, as grandes obras públicas, se sabem qual o significado de "políticas orçamentais anti-ciclicas"?

Utilizando linguagem acessível a qualquer um, entende-se por políticas orçamentais anti-cíclicas o Estado poupar em tempos de crescimento económicos para que essa poupança possa ser utilizada em épocas de crise/recessão económica, ajudando a dinamizar a economia. Se isto tivesse sido feito, estaria de acordo com a realização de grandes obras públicas. O Estado substituaria os privados como motor de dinamização económica.

Acontece que, nos tempos de expansão económica, o Estado português foi gastador. E não se precaveu para fazer face a ciclos económicos adversos, como aquele que estamos a viver. Como tal, não tem recursos para poder gastar em TGV's, novos aeroportos, novas pontes. Para concretizar estas obras tem de recorrer ao crédito, aumentando, ainda mais, a nossa dívida.

Face a esta evidência, não entendo por que razão o primeiro-ministro insiste em conduzir-nos para a modernidade? De que vale sermos modernos se estivermos falidos?

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