quarta-feira, 4 de maio de 2011

Foi há 18 anos...

... que partiste para sempre! Dezoito anos que não diminuem a saudade... antes pelo contrário...


«a cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma

e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida

o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face

pai, digo-te
a minha sombra és tu»
Pai, a Minha Sombra és Tu
Jorge Reis-Sá, in  «A Palavra no Cimo das Águas» 
retirado daqui

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