quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

[25] Portugal e a Europa


Em algumas ocasiões, a História de Portugal confunde-se com a História da Europa.

Foi a fundação da nacionalidade, quando os cristãos tinham iniciado a chamada Reconquista Cristã. Os descobrimentos portugueses do século XV, que deram “novos mundos ao Mundo” e que trouxeram riqueza e prosperidade ao Velho Continente. Foi a abolição da pena de morte, no século XIX, tendo Portugal sido o primeiro país a fazê-lo.

Com o avançar do tempo, Portugal perdeu a importância que outrora teve. Os últimos anos de Monarquia, a Primeira República e o Estado Novo fizeram-nos perder o combóio onde seguiam, já então, aqueles que são as grandes potências europeias: Inglaterra, França e Alemanha.

Com a adesão à Comunidade Económica Europeia recuperámos algum desse atraso. Para logo a seguir, voltarmos à cauda do pelotão. Veja-se a comparação entre Portugal e a Irlanda, que estava numa situação sócio-económica bem mais grave que a nossa. No presente, é uma das economias mais saudáveis da União Europeia (UE), com um salário mínimo a rondar os 1.300 euros mensais. Para não falar na nossa vizinha Espanha, que era “campeã” nos números do desemprego, mas conseguiu superar essa dificuldade, enquanto que Portugal é o terceiro país da EU com a maior taxa de desempregados. Na maioria dos indicadores sócio-económicos, só os países do leste europeu estão piores que nós.

Mas nem tudo é mau. Somos bons a organizar grandes eventos, que ficam para as histórias comuns do país e do continente. A Expo’98, o Euro 2004 (o melhor campeonato de futebol organizado na Europa), e agora, a nível político, o acordo para o Tratado Reformador da União Europeia e a sua assinatura. Até mesmo a Cimeira EU-África, que não se realizava há sete anos, ocorreu graças à diplomacia portuguesa. A História de Portugal ficará, mais uma vez, ligada à História da Europa, com a assinatura do Tratado Reformador da União Europeia, hoje nos Mosteiros dos Jerónimos, que será para sempre conhecido como o Tratado de Lisboa.

Mas ser reconhecido pelo seu acolhimento, pela sua diplomacia ou pela sua capacidade de organizar grandes eventos não chega. Há muito para fazer neste “jardim à beira mar plantado”…

P. S.: No Som do Blog toca o "Hino da Alegria", de Ludwig Von Beethoven

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