Vivemos, efectivamente, tempos de crise. Basta estar atento aos órgãos de comunicação para se perceber que assim é. A subida do preço do petróleo, a desvalorização do dólar/valorização do euro, a questão do subprime nos Estados Unidos, os activos "tóxicos" com que muitos bancos norte-americanos inundaram o mercado financeiro internacional, as sucessivas subidas na taxa Euribor. Enfim... situações globais que nos atingem localmente, seja esse local Portugal ou o nosso concelho.
Uma das consequências desta crise económica é a quebra no volume de negócio e nos resultados apresentados pelas empresas. Essa quebra traduz-se, indirectamente, numa redução das receitas das autarquias que cobram derrama, como é o caso de Almeirim.
Sabendo que uma coisa implica a outra, faltava saber qual a redução dessa receita. Ora, segundo informação disponível no blogue do Vereador Francisco Maurício, o Município de Almeirim cobrou, em 2007, €392.720,34 referentes a derrama. Em 2008 (até à presente data), cobrou apenas cerca de €90.000,00. Se considerarmos apenas o valor recebido no período de Janeiro a Outubro de 2007, verificamos que se registou uma quebra de 72,5% na cobrança desta taxa.
Muitos virão dizer que essa redução tem a ver com o aprovado no ano passado, em que se isentavam algumas empresas, desde que cumprissem determinados pressupostos. Acredito que sim. Mas a crise que atravessamos tem, aqui, uma grande quota-parte de responsabilidade.
Perante isto, valerá a pena continuar a insistir na aplicação da taxa de derrama? Mesmo com as nuances introduzidas?
Creio que o concelho de Almeirim sairia muito mais beneficiado se, durante um horizonte temporal de médio-longo prazo, optasse por abolir, pura e simplesmente, a derrama. Desenvolver-se-ia a Zona de Actividades Económicas, em que muitos lotes se encontram vazios (apesar de já terem sido adquiridos), em que outros foram comprados e agora estão à venda (especulação imobiliária?). A implementação desta medida, juntamente com outras (por exemplo, a divulgação: veja-se o que o Município de Santarém fez durante o SIL), faria com que o tecido empresarial do nosso concelho se alargasse, criando postos de trabalho, muitos deles qualificados (permitindo o regresso dos jovens almeirinenses após obtenção da sua licenciatura nos grandes centros urbanos).
Tomando por bons os valores atrás referidos, a cobrança da derrama em 2008 deverá ultrapassar pouco mais dos €100.000,00. Quero isto dizer que, no presente ano, representará qualquer coisa como 0,55% do valor total das receitas da autarquia (€18.080.000,00).
Vivemos num mundo onde a competitividade dita a lei. E não é só nas empresas. É, também, nos países, nas regiões e nos concelhos. Mas, infelizmente, quem dirige os destinos do nosso concelho tem uma visão muito limitada e a muito curto-prazo do desenvolvimento económico de Almeirim. Prefere deitar fora os benefícios inerentes a esse desenvolvimento do tecido empresarial e ficar com uns "míseros" €100.000,00.
Uma das consequências desta crise económica é a quebra no volume de negócio e nos resultados apresentados pelas empresas. Essa quebra traduz-se, indirectamente, numa redução das receitas das autarquias que cobram derrama, como é o caso de Almeirim.
Sabendo que uma coisa implica a outra, faltava saber qual a redução dessa receita. Ora, segundo informação disponível no blogue do Vereador Francisco Maurício, o Município de Almeirim cobrou, em 2007, €392.720,34 referentes a derrama. Em 2008 (até à presente data), cobrou apenas cerca de €90.000,00. Se considerarmos apenas o valor recebido no período de Janeiro a Outubro de 2007, verificamos que se registou uma quebra de 72,5% na cobrança desta taxa.
Muitos virão dizer que essa redução tem a ver com o aprovado no ano passado, em que se isentavam algumas empresas, desde que cumprissem determinados pressupostos. Acredito que sim. Mas a crise que atravessamos tem, aqui, uma grande quota-parte de responsabilidade.
Perante isto, valerá a pena continuar a insistir na aplicação da taxa de derrama? Mesmo com as nuances introduzidas?
Creio que o concelho de Almeirim sairia muito mais beneficiado se, durante um horizonte temporal de médio-longo prazo, optasse por abolir, pura e simplesmente, a derrama. Desenvolver-se-ia a Zona de Actividades Económicas, em que muitos lotes se encontram vazios (apesar de já terem sido adquiridos), em que outros foram comprados e agora estão à venda (especulação imobiliária?). A implementação desta medida, juntamente com outras (por exemplo, a divulgação: veja-se o que o Município de Santarém fez durante o SIL), faria com que o tecido empresarial do nosso concelho se alargasse, criando postos de trabalho, muitos deles qualificados (permitindo o regresso dos jovens almeirinenses após obtenção da sua licenciatura nos grandes centros urbanos).
Tomando por bons os valores atrás referidos, a cobrança da derrama em 2008 deverá ultrapassar pouco mais dos €100.000,00. Quero isto dizer que, no presente ano, representará qualquer coisa como 0,55% do valor total das receitas da autarquia (€18.080.000,00).
Vivemos num mundo onde a competitividade dita a lei. E não é só nas empresas. É, também, nos países, nas regiões e nos concelhos. Mas, infelizmente, quem dirige os destinos do nosso concelho tem uma visão muito limitada e a muito curto-prazo do desenvolvimento económico de Almeirim. Prefere deitar fora os benefícios inerentes a esse desenvolvimento do tecido empresarial e ficar com uns "míseros" €100.000,00.
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