É o ano em que foi criado, com a Reforma Administrativa de 1835, o cargo de Governador Civil, como representante do Rei em cada distrito.
Quase dois séculos depois (mais concretamente, 174 anos), este cargo ainda subsiste no nosso sistema político, tendo sobrevivido à implantação da República, à turbulência da I República, à ditadura do Estado Novo e, mais recentemente, ao regime democrático no qual vivemos.
Tal facto acontece porque, no meu entender, o Governador Civil, para além de ser o representante do Governo em cada distrito é, também e cada vez mais, um "comissário político" do partido que se encontra no poder.
É preciso coragem para extinguir este cargo e transferir as suas competências paras as autarquias locais e/ou comunidades intermunicipais. Mas nenhum dos dois partidos de poder (PS e PSD) quer prescindir da possibilidade de ter alguém do seu aparelho numa posição de destaque em cada distrito.
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