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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Viver das aparências

Actualmente, o Estado (leia-se, o governo socialista) faz-me lembrar aquelas pessoas que, habituadas a um estilo de vida faustoso, em que gastavam dinheiro a rodos porque o tinham em abudância, continuam a viver da mesma forma apesar de o dinheiro já há muito se ter ido. Para colmatarem a falta de capital recorrem, primeiro, ao crédito bancário e depois, quando os bancos lhes fecham as portas (porque já não acreditam que consigam cumprir as suas obrigações), viram-se para os amigos, pedindo dinheiro emprestado, deixam de comprar nos hipermercados já que nestes não há fiado... Mas, apesar de tudo isto, continuam fiéis ao estilo de vida sumptuoso, a gastar acima das suas verdadeiras posses.

À semelhança dessas pessoas, o Estado gasta mais do que aquilo que recebe. E não faz um esforço para gastar menos. Porque sabe onde pode ir buscar...

É aqui que reside a diferença entre esta história e aquilo que se passa com o Estado. Na história, os amigos poderem recusar emprestar dinheiro, enquanto que o governo não nos pede emprestado: tira-nos sem pedir licença porque tem legitimidade para o fazer.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Excepções

O pacote de medidas de austeridade acordado entre o Governo e PSD prevê cortes de 5% nas remunerações dos titulares de cargos políticos, tendo esta medida sido uma exigência do PSD. Concordo com ela. Quem desempenha cargos políticos em momentos de crise como o que actualmente vivemos, deve dar o exemplo.

No entanto, um mês depois depois, aquando da aprovação desta e das outras medidas na Assembleia da República, ficámos a saber que, na verdade, existem excepções. Os adjuntos, assessores, directores-gerais e outros que tais, não são considerados titulares de cargos políticos e, por isso, não estão abrangidos por esta medida.

Podem não ser titulares de cargos políticos mas desempenham cargos públicos de nomeação política o que, na minha modesta opinião, vai dar ao mesmo. Por isso, acho que o PSD poderia ter ido mais longe nas suas exigências e obrigar que o alcance desta medida fosse maior. Não se compreende que os sacrifícios sejam apenas para alguns.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mudar


Apesar de me estar a afastar das actividades partidárias, como referi aqui, vou associar-me a este evento. Porque continuo a acreditar, passados quase dois anos, que Pedro Passos Coelho é aquele que, dentro do PSD, dispõe de melhores qualidades para liderar o partido e ser o próximo Primeiro-Ministro de Portugal.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Para ler e reflectir


«E se Paulo Rangel, seguramente um dos melhores líderes parlamentares do PSD dos últimos tempos e o homem que primeiro falou da "claustrofobia democrática", se revelasse tão combativo na "rua" como tem sido na Assembleia da República? E se enfrentasse um apático Vital Moreira com a argúcia, a inteligência e o sentido de oportunidade com que tem debatido com José Sócrates no Parlamento? E se a escolha de Rangel fosse percebida como uma aposta pessoal de Manuela Ferreira Leite e se, mais relevante, como uma aposta ganha da líder social-democrata? E se a crise económica e social não desse sinais de abrandar? Se o desemprego continuasse a aumentar? Se a nossa depressão colectiva, atribuível ou não à acção do Executivo, se aprofundasse? Se o PSD conseguisse fazer das eleições europeias (que, sejamos francos, normalmente não entusiasmam qualquer alma) uma verdadeira primeira volta das legislativas? Se, à custa de uma certa perversão das regras do jogo, conseguisse que a campanha e o debate eleitorais se centrassem essencialmente nos problemas do país? E se, posto tudo isto, os eleitores resolvessem castigar o Governo com inequívoco "cartão amarelo" neste primeiro embate nas urnas?» ("SE", artigo de opinião escrito por Pedro Norton e publicado na Revista Visão de 23.04.2009)





segunda-feira, 28 de julho de 2008

[126] Corrupção

A corrupção voltou à ordem do dia. O ex-deputado do Partido Socialista, João Cravinho, disse que a grande corrupção está a aumentar e que o seu partido não teve a coragem de assumir as suas propostas no combate a este flagelo. Pena é que tenha trocado o seu lugar de deputado pelo de administrador no BERD.

Por outro lado, a PGR alerta para o facto de 422 processos de corrupção puderem vir a ser arquivados.

Sinais preocupantes para a economia nacional, pois os elevados índices de corrupção são sinónimo de atraso económico e de terceiro mundismo. Parece que já temos mais uma explicação para o fraco desenvolvimento económico do nosso país.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

[84] Onde está a autoridade???

Por muitas razões de queixa que os empresários da camionagem tenham, o que estamos a assistir da sua parte é intolerável e inqualificável. Apedrejamentos, veículos incendiados, coação a outros condutores para pararem... Em suma, o que temos assistido nos noticiários televisivos.

Onde está a autoridade? Não falo das forças policiais, que actuam consoante as ordens de quem as tutela. Refiro-me à autoridade que todos nós reconhecemos ao nosso Estado, enquanto garante dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses.

Em 1994, o bloqueio à Ponte 25 de Abril paralisou a zona da Grande Lisboa, levando a que o governo de então ordenasse o uso da força para desmobilizar os que impediam a livre circulação de pessoas e bens.

Em 2008, o bloqueio é a nível nacional, provocando escassez de bens alimentares nas grandes superfícies comerciais, de combustíveis nos postos de abastecimento, no principal aeroporto do País. Aqui, em Almeirim, os quatro pontos de abastecimento de combustíveis, ou esgotaram as suas reservas ou estão próximos de as esgotar. Por outro lado, e apesar dos bens começarem a faltar nas lojas, os seus produtores têm-nos em excesso, como acontece com o leite.

E o nosso Governo assiste, impávido e sereno, a este espectáculo deplorável como nada se passasse.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

[61] Momento de reflexão e de decisão

Antes de ir ao assunto deste texto, devo informar que o mesmo apenas a mim diz respeito, sendo o meu ponto de vista pessoal sobre as próximas eleições no Partido Social Democrata.

Tenho tido alguma prudência em abordar o que está directamente ligado à vida interna do PSD, nomeadamente agora, em que a demissão de Luís Filipe Menezes abriu uma corrida à liderança nunca antes vista. No entanto, considero que nestas eleições não podem existir tacticismos, e que os apoios devem ser manifestados tendo em atenção aquilo que os candidatos representam em termos de projecto e não, pelo simples facto de este ou aquele terem mais probabilidades de vencer.

Das cinco candidaturas que se perfilam (Pedro Passos Coelho, Patinha Antão, Neto da Silva, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes), julgo que duas delas (Patinha Antão e Neto da Silva) não conseguirão atingir os pressupostos estatutários exigidos para serem admitidas. Restam três, por sinal protagonizadas por três militantes com provas dadas. Uns mais, outros menos; uns melhores, outros nem por isso…

Destas três candidaturas, excluo a de Pedro Santana Lopes. Já teve o seu momento (que lhe foi dado de mão beijada) e o qual não foi capaz de segurar, nem no partido, nem no governo. Foram erros atrás de erros, episódios de auto-flagelação e de vitimização. Obteve um dos piores resultados eleitorais e deixou o partido fragmentado. Mas é claro que não iria deixar passar esta oportunidade em branco. Tendo sido um dos primeiros militantes a sugerir eleições directas e nunca se tendo sujeitado a este tipo de sufrágio, ele quer testar a sua popularidade junto dos militantes. Mas eu acho que o "PSD profundo" está farto de aventuras e quer navegar num mar menos revolto.

Restam dois candidatos. Manuela Ferreira Leite é a que, à partida, terá mais apoios, porque os militantes do PSD estão habituados a que, de vez em quando, surja um salvador. Foi assim com Cavaco Silva; será assim com a ex-Ministra das Finanças. Reconheço-lhe que possui aquilo que ultimamente tem faltado no PSD: competência técnica e seriedade. No entanto, para mim, não deixa de ser uma figura que representa o passado do partido e do país. O PSD necessita de olhar para a frente e não para a sua rectaguarda. E o país anseia por um PSD com visão de futuro, que não esteja amarrado ao passado.

Pedro Passos Coelho, tendo sido um militante crítico e frontal, soube assumir as suas responsabilidades. Outros, com as mesmas características, recuaram quando lhes foi exigido que avançassem.

Apoio esta candidatura porque desejo um PSD que seja sério e frontal, mas que esteja virado para o futuro, com propostas que o distingam do PS, que apresente soluções para os reais problemas dos portugueses. E não um partido virado para dentro, para as suas figuras históricas, a recordar momentos passados de glória.


Post Scriptum: Foi ontem [29.04.2008] anunciada publicamente a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, tendo sido apresentada a Carta de Valores, que poderá ler aqui.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

[18] O desemprego

Por muito que alguns socialistas prefiram ver o contrário, o desemprego em Portugal continua a subir. Nem mesmo os 106.000 novos postos de trabalho criados pelo Governo do Engº. Sócrates foram suficientes para travar a tendência crescente da taxa de desemprego. É claro que, em relação ao mês anterior, o desemprego é menor; mas, comparado com o de há um ano atrás, é superior.

E o Eurostat é como o algodão: “não engana”!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

[11] Ainda a Assembleia Municipal

Alguns ecos da última Assembleia Municipal:

Comparar o concelho de Almeirim com os concelhos de Mação, Sardoal e Ferreira do Zêzere apenas porque estes têm derrama à taxa zero e são os mais pobres do distrito não é ser honesto politicamente. Deveria dizer-se que estes concelhos são os mais pobres do distrito porque sofrem da interioridade e não tem acessos rodoviários privilegiados como o concelho de Almeirim. Ao contrário de Almeirim, que está bem situado geograficamente e dispõe de acesso as várias vias de comunicação (A1, A2 via A13, IC10 e, futuramente, IC3).

O executivo municipal recebeu um brinde por parte da bancada socialista. A Câmara pretendia que fosse aprovado um empréstimo de 211.504 euros; os socialista aprovaram uma proposta para que a Câmara possa recorrer à banca até aos 500.000 euros, sem que haja justificação para tal. Apenas e só porque se pode endividar. Atitude típica dos socialistas: quanto mais têm, mais gastam…

Dizer que o actual Governo está a cumprir com a promessa eleitoral dos 150.000 novos postos de trabalho e dizer que já foram criados 106.000, é atirar areia para os olhos. É querer tapar o sol com a peneira. É querer esconder o que não pode ser escondido. Então por que razão não falam dos quase 8% de taxa de desemprego, a mais elevada de sempre em Portugal e uma das mais altas da União Europeia? Não lhe convém?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

[4] Santana vs. Sócrates


Questionaram-me, há pouco tempo, porque razão não escrevi sobre o que se passou no PSD e que levou Luís Filipe Menezes à liderança do partido. Devo dizer que foi naquela fase de falta de vontade de escrever, pelo que algumas reflexões sobre esse período (o antes, o durante e o após), verão a ver a luz do dia, num futuro não muito longínquo. Escreverei, entretanto, ainda nesta semana, sobre o processo eleitoral na distrital de Santarém, até porque tendo tomado o partido de uma das listas, devo explicar o porquê desse apoio.

Por falar em PSD, o que chama a atenção hoje, 6 de Novembro, é a estreia de Pedro Santana Lopes (PSL) como líder da bancada parlamentar do PSD num grande debate – o da generalidade do Orçamento de Estado para 2008. Pela primeira vez, um ex-Primeiro-Ministro assume as funções de deputado e líder do seu grupo e defronta, na Assembleia da República, aquele que lhe sucedeu no lugar. Se tiver tempo e se o ADSL permitir, seguirei com atenção através da transmissão em directo pela internet.

Devo dizer que tenho grandes expectativas relativamente a este debate. Durante dois anos e meio, José Sócrates não teve, da parte do PSD, uma oposição aguerrida, que expusesse os pontos fracos da governação socialista. Porque as oposições, para além de terem que ser sérias, honestas e coerentes (como foi a do PSD de Marques Mendes), também têm que ter chama. E foi isso que faltou ao PSD durante este tempo.

O élan que levou Sócrates e o PS à maioria absoluta e o seu estado-de-graça posterior há muito que se começou a desvanecer. O desemprego aumentou, o crescimento económico é insipiente, os problemas sociais aumentam (disso é sinónimo os inúmeros assaltos, muitas das vezes violentos, que temos assistido nos últimos dias). As reformas prometidas foram sendo adiadas e, até ao final deste mandato, dificilmente verão a luz do dia. As mais significativas promessas eleitorais foram esquecidas. Para não falar no clima de medo que se instalou na sociedade portuguesa. Medo de falar, medo de criticar, medo de expressar publicamente as suas ideias e opiniões... Há muito que isto não se via em Portugal!!!

Voltando ao debate parlamentar: PSL é um poço de surpresas! É capaz do melhor e do pior. Mas acredito que todo o ser humano aprende com os seus erros. E ele já aprendeu. Além disso, é um excelente tribuno. Em campanha eleitoral, enquanto Sócrates debitava o que os telepontos lhe diziam, PSL falava de improviso. E, o facto de ser considerado um mau Primeiro-Ministro não significa que seja um deputado medíocre. Antes pelo contrário…

Com Santana e o grupo parlamentar a fazerem o seu melhor na Assembleia da República e com o partido unido em volta da actual liderança, acredito que, como me disse um amigo meu com um sotaque nortenho “Em 2009, o engenheiro Sócrates é [seja] prefeitamente batíbel!!!