«E se Paulo Rangel, seguramente um dos melhores líderes parlamentares do PSD dos últimos tempos e o homem que primeiro falou da "claustrofobia democrática", se revelasse tão combativo na "rua" como tem sido na Assembleia da República? E se enfrentasse um apático Vital Moreira com a argúcia, a inteligência e o sentido de oportunidade com que tem debatido com José Sócrates no Parlamento? E se a escolha de Rangel fosse percebida como uma aposta pessoal de Manuela Ferreira Leite e se, mais relevante, como uma aposta ganha da líder social-democrata? E se a crise económica e social não desse sinais de abrandar? Se o desemprego continuasse a aumentar? Se a nossa depressão colectiva, atribuível ou não à acção do Executivo, se aprofundasse? Se o PSD conseguisse fazer das eleições europeias (que, sejamos francos, normalmente não entusiasmam qualquer alma) uma verdadeira primeira volta das legislativas? Se, à custa de uma certa perversão das regras do jogo, conseguisse que a campanha e o debate eleitorais se centrassem essencialmente nos problemas do país? E se, posto tudo isto, os eleitores resolvessem castigar o Governo com inequívoco "cartão amarelo" neste primeiro embate nas urnas?» ("SE", artigo de opinião escrito por Pedro Norton e publicado na Revista Visão de 23.04.2009)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Para ler e reflectir
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